HISTÓRIA DE RINCÃO Rincão " desde 1.884 " 1.948 A história atual da cidade de Rincão muito se prende a de Araraquara, pois desde a sua formação (1884) até 1948, esteve ligada a ela.
Os primeiros habitantes primitivos da região foram os Guayanás, de uso e costumes próprios, sedentários e não antropófagos, que aqui construíram suas tabas. Na linguagem comum, rincão é um lugar qualquer, mas o aspecto geográfico a que se refere, o vocabulário colhido em tempos remotos, tem características próprias. De origem castelhana, provém da época em que o arame não era utilizado na Campanha Gaúcha. A criação de gado exigia o uso de lugares apropriados para manter o rebanho, sendo as águas dos rios um dos obstáculos naturais, como também os morrões, capões de matas.
Rincão era a curva do rio que permitia manter reunido o gado ou tropas, porque fechada por três lados ocupava o quarto a pionada encurralando os animais. Como o rincão é acidente comum na paisagem gaúcha, a pionada ou tropa, escolhia tais lugares para acampar, daí veio o derivado arrinconar: por os animais num rincão, fazer pouso durante a jornada. O nome atual da cidade de Rincão tem essa origem castelhana, pois foram os tropeiros gaúchos que antes da criação do Distrito de Paz, lhe deram essa denominação. Em tempos remotos passavam conduzindo suas tropas pela região e no lugar onde acampavam, existe um córrego de cada lado, protegendo por morros e matas, sendo hoje a fazenda São José da Cachoeira, enquanto que o sítio urbano da cidade de Rincão era chamado Paciência, nome do córrego que margeia.
Em 1790 Pedro José Neto " de Itú foragido da justiça, penetrou pelas matas, hoje São Carlos, fundando Araraquara; explorou a região e estabeleceu as posses de Ouro, Rancho Queimado, Cruzes, Lageados, Cambuí, Monte Alegre, Bonfim Almas, fixando-se em Monte Alegre; para ficar livre da justiça de Itú, repartiu com outros exploradores os seus domínios. Entre eles Major Duarte vendeu Monte Alegre e fez doação das posses do Ouro, Cruzes e Rancho Queimado; a João Manuel do Amaral a do Bonfim; a Domingos Soares de Barros a do Lageado, e ao Coronel Joaquim Moraes de Leme a do Cambuí. Eles requeriam carta de sesmaria 1 junto ao governo, para maior segurança de seus direitos e assegurarem a manutenção de suas posses. Em 1812 veio de Porto feliz o Juiz das Mediações ajudante José Joaquim da Rocha, que deu início a divisão das terras. As sesmarias que formaram o município de Rincão foram: Almas, Rancho Queimado, Anhumas, Bonfim e Simão (Motuca). Eram grandes proprietários com grande número de mão-de-obra escrava, no cultivo na sua maioria era o café.
Por volta de 1880 existiam em Paciência três casebres de taipas e barro. Em 1884 notícia de que a Companhia Paulista de Estrada de Ferro iria passar pelos trilhos pelo "rincon", com isso os proprietários fundaram em Paciência uma vila onde foi construída uma capela e deram o nome ao local de Rincão.
A povoação situava a direita do Córrego da Paciência continuando a Fazenda com o nome de São José da Cachoeira. Em 01/04/1892, a Companhia de Estrada de Ferro concluía o assentamento dos trilhos e deu a inauguração da Estação de Rincão, influindo em motivos especiais como a atividade Agrícola , que na época era o café, e a pecuária constituindo o local numa espécie de garganta por onde passavam todos os produtos, com destino a capital, e também a localização geográfica próxima de grandes centros na época. Os fundadores foram os donos da fazenda: João Luís e Francisco Caetano Sampaio, cujas as terras se estendiam até o local da Vila em fundação. Para a formação do patrimônio paroquial, João Caetano Sampaio doou as terras onde foi construída a Igreja e vieram os primeiros habitantes.
fonte:www.rincao.sp.gov.br
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